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Saiba como descartar o resíduo de óleo solúvel e entenda os custos envolvidos no processo

Manter a solução de óleo solúvel saudável no tanque das máquinas é um ótimo negócio para as indústrias por uma série de razões.

A principal delas, claro, está ligada ao fato da solução bem-preservada proporcionar melhor qualidade para as operações de usinagem e menos danos ao ambiente e aos operadores das máquinas. Outro aspecto igualmente importante é a economia, pois quanto mais tempo o óleo solúvel permanecer saudável na máquina, menor será o volume de resíduos a ser descartado. E o descarte de resíduos de óleo sempre sai caro. Vamos entender o porquê.

As opções de descarte dos resíduos de óleo solúvel

O descarte dos resíduos de óleo solúvel pode ser feito de duas formas. Uma delas é através do tratamento em ETEs (Estações de Tratamento de Efluentes, geralmente presentes em indústrias de grande porte ou em polos industriais) e a outra é sem tratamento, através de empresas especializadas autorizadas pelo CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental), que é liberado pelo órgão ambiental de cada estado do país.  

No caso da disposição de resíduos por empresas autorizadas pelo CADRI, os resíduos costumam seguir para um aterro sanitário ou serem incinerados. Quando segue para um aterro, o resíduo de óleo solúvel é acondicionado de forma a nunca contaminar o meio ambiente. No caso da incineração, ele será convertido em gás carbônico e água, o que provocará mínimo dano ao ambiente.

Por que o descarte de resíduo de óleo solúvel sai caro?

O descarte de óleo solúvel sai caro para as indústrias porque, após estragar ou perder suas propriedades, o óleo solúvel terá de ser descartado como resíduo  classe 1, ou seja, resíduo perigoso.

E essa classificação independe se o óleo utilizado no tanque é um produto ecológico, como os óleos sintéticos e semissintéticos, ou de base mineral. O descarte é classe 1 porque envolve materiais contaminantes para a natureza, como tramp oil, cavacos, e o próprio óleo mineral no caso dos produtos não sintéticos.

Vale lembrar que, se a indústria não fizer corretamente o descarte do óleo solúvel, e for denunciada ou autuada pela fiscalização, poderá ser multada ou até mesmo fechada pelo órgão estadual ou pelo Ministério do Meio Ambiente.

Se a classificação de descarte é igual, qual a vantagem de utilizar óleo ecológico no lugar de óleo mineral?

A principal vantagem de utilizar óleo solúvel ecológico semissintético ou sintético – como os da Quimatic Tapmatic – em vez de óleo solúvel de base mineral está no tempo de vida útil muito maior do produto ecológico.

Enquanto o óleo solúvel ecológico tem uma média de vida útil de um ano (podendo se prolongar por mais tempo com os cuidados certos), o óleo solúvel mineral dura em média 2 meses no tanque da máquina. Ou seja, no final de um ano, isso significa uma quantidade até seis vezes maior de resíduo para descarte no caso do óleo solúvel de base mineral. 

Outra vantagem do trabalho com óleo solúvel ecológico é que o produto terá menos componentes poluentes que os óleos minerais e, portanto, haverá menor necessidade de separação de contaminantes quando se trata os resíduos em ETEs.

Quais são os óleos solúveis ecológicos na linha da Quimatic Tapmatic?

A Quimatic Tapmatic trabalha com diversas opções de óleos solúveis ecológicos, entre sintéticos e semissintéticos. Veja as opções:

ME-1 – Óleo Solúvel Semissintético – Indicado para usinagem de metais em geral em máquinas operatrizes, inclusive CNCs. O ME-1 oferece lubrificação similar à de um óleo solúvel mineral convencional, porém com maior vida útil da solução abastecida no reservatório. Ecológico, o produto é isento de nitrito, boro, cloro, enxofre, compostos aromáticos e metais pesados.

ME-100 ALUM Óleo Solúvel Semissintético Ecológico – Para diversas operações de usinagem em máquinas operatrizes que trabalham com alumínio. Permite maior taxa de diluição sem afetar o desempenho. Tem pH Controlado, de forma a não manchar alumínio e suas ligas.

ME-2 – Óleo Solúvel Sintético Ecológico Produto à base de lubrificantes sintéticos de última geração. Isento de óleo mineral, oferecendo alta resistência ao apodrecimento. Contém aditivos EP (Extrema Pressão) que reduzem o atrito durante usinagem. Sua emulsão translúcida facilita a visualização da usinagem.

ME-3 – Óleo Solúvel Sintético de Base VegetalEcológico – Ideal para empresas com normas ou certificações relacionadas aos cuidados com o meio ambiente. Comparado com produtos similares, o ME-3 oferece maior vida útil da solução no reservatório.

Gostaria de saber mais sobre o assunto?  Veja o quadro de perguntas e respostas abaixo:

Perguntas e Respostas

Posso descartar óleo solúvel na natureza, como em um rio, aterro ou no ralo?

Não. Óleos solúveis, mesmo os ecológicos, são resíduos classe 1 e só podem ser descartados de acordo com a legislação para esse tipo de resíduo. Ou seja, tratados em ETEs ou então conduzidos para aterros industriais ou incinerados, depois de liberados pelo órgão ambiental estadual.

Por que descartar óleo solúvel sai caro?

O descarte do óleo solúvel não é um processo barato devido à classificação 1 do resíduo (perigoso) e que exige uma separação criteriosa dos componentes do produto antes de liberar o óleo para a estação ETE.

Como minimizar o custo do descarte de óleo solúvel?

A melhor maneira para minimizar o custo do descarte de óleo solúvel é utilizar um óleo solúvel ecológico, de alta qualidade e que terá longa vida útil no tanque das máquinas. Para uma maior vida útil da solução, o óleo solúvel ecológico precisa de boas práticas de higiene e de manufatura; e de monitoramento da solução, ao longo do uso, com medidas preventivas e corretivas sempre que necessário . Deve-se utilizar produtos como preservante e alcalinizante sempre que o pH da solução começar a cair.

Por que descartar óleo mineral sai mais caro que o óleo ecológico?

Devido ao alto teor de óleo mineral presente no resíduo. Quanto mais óleo mineral houver no resíduo, mas perigoso ele se torna e maior é o custo nas etapas de separação dos resíduos e da água nas ETEs. Mas o maior problema é o volume de resíduos gerados, que é muito maior quando se trabalha com óleo solúvel de base mineral do que quando se trabalha com óleo solúvel ecológico.

Por que a quantidade de resíduos de óleo mineral costuma ser muito maior que a de óleos ecológicos?

Porque o óleo mineral tem vida útil menor e portanto será descartado de maneira mais rápida. Vamos citar como exemplo o uso de um óleo solúvel convencional, de base mineral, num reservatório de 200 L. Sem monitoramento e tratamento, a vida útil deste óleo será de 2 meses. Se tivermos um óleo solúvel ecológico (sintético), no mesmo tanque de 200 L, sua vida útil será de 1 ano. Portanto, na coleta anual do resíduo, teremos 1.200 L de resíduo (1 troca de 200 L a cada 2 meses, significa 6 trocas no ano) de óleo solúvel de base mineral, contra apenas 200 L (1 troca) no caso do óleo solúvel sintético. Ou seja, teremos 6 vezes mais resíduo no caso do óleo solúvel de base mineral.

Por que o óleo solúvel ecológico também entra na categoria 1 no descarte?

Porque mesmo o óleo ecológico contará com contaminação de tramp oil (formado basicamente por óleos lubrificantes e hidráulicos) e cavacos no momento do descarte. Mas a vantagem é que o resíduo do óleo ecológico terá somente esse tipo de contaminação, enquanto no caso do óleo solúvel de base mineral, além dessa contaminação ainda terá a contaminação do óleo mineral que é constituinte da fórmula do produto. Neste caso então, a separação dos contaminantes nas ETEs será mais simples e de menor custo.

Como ocorre o descarte do óleo solúvel nas ETEs?

As ETEs contam com uma série de processos de tratamento dos resíduos definidos e implementados, tais como, separação dos recuperáveis para reciclagem, como é o caso do óleo mineral e cavacos, e neutralização e digestão dos demais componentes (por decantação e digestão aeróbica e anaeróbica). Portanto, o objetivo de uma empresa grande ter uma ETE é de tratar e dispor adequadamente seus resíduos dentro da própria instalação, e assim, não precisar contratar uma empresa terceirizada para lidar com seus resíduos.

Como é o descarte feito por empresas autorizadas pelo órgão ambiental através do pCADRI?

Essas empresas devem ser homologadas pelo órgão ambiental e, através do CADRI, devem seguir uma série de regras para o descarte seguro do óleo solúvel sem que esta solução precise ser tratada. No caso de descarte em aterro sanitário, o resíduo fica acondicionado de forma a nunca contaminar o meio ambiente. Quando o resíduo é incinerado, ele será convertido em gás carbônico e água, o que provocará mínimo dano ao ambiente à atmosfera.

Como obter o registro CADRI?

Obter o CADRI costuma ser bastante trabalhoso, pois as indústrias precisam atender a uma série de requisitos. Por este motivo, poucas indústrias buscam a homologação junto ao órgão ambiental. O mais comum é contratar uma empresa já homologada  para o serviço. Esta empresa irá efetuar o recolhimento e disposição do resíduo de óleo solúvel de forma adequada e segura.

Além de serem homologadas e providenciar o CADRI, as empresas também precisam fazer análises físico-químicas de resíduos em laboratório credenciado?

Sim, sempre antes do descarte é preciso fazer a caracterização do resíduo. Por isso que é mais fácil e conveniente contratar uma empresa especializada para tratar e dispor do resíduo.

Existe algum órgão regulatório nacional ou cada estado tem o seu, como em São Paulo a Cetesb?

Existe a legislação nacional, do Ministério do Meio Ambiente, que também deve ser seguida, mas cada estado tem sua legislação própria, que sempre é mais restritiva do que a legislação nacional. Por exemplo, a legislação do Rio Grande do Sul proíbe o uso de óleo mineral em fluidos de corte e óleos solúveis, restrição essa que não acontece nos demais estados e nem na legislação nacional.

Há diferença na hora de descartar uma solução apodrecida de óleo solúvel e outra que não apodreceu?

Não. O que importa é que toda a solução do tanque, apodrecida ou não, tem que ser descartada adequadamente, ou por tratamento na ETE ou por encaminhamento via CADRI para reciclagem, aterro industrial ou incineração.

É possível enviar o óleo solúvel para reciclagem?

Há no mercado empresas especializadas na reciclagem de óleo mineral. Nesse caso, se a empresa analisar o resíduo e achar que o teor de óleo mineral na solução é rentável, ela pode coletar o resíduo, extrair o óleo mineral (para reciclá-lo), tratar o resíduo numa ETE própria e então descartar adequadamente o efluente. 

O cavaco de usinagem pode ser vendido?

Sim. Algumas empresas costumam vender o cavaco de usinagem. Para ser reaproveitado, o cavaco precisa ser lavado. E, após a lavagem, a solução de limpeza terá que ser tratada como resíduo classe 1. Ou seja, deve ser submetida aos controles da legislação e órgão ambiental da mesma forma que os resíduos de óleo solúvel.

A técnica MQL também gera resíduo classe 1?

Como a quantidade de névoa com óleo solúvel é mínima, a técnica MQL não gera resíduo classe 1. O excedente de óleo que foi vaporizado pela técnica ou vai para o ambiente (e não tem como ser coletado) ou fica aderido na peça, o que impossibilita também a coleta.

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